Camila Lima de Ávila

Olá, meu nome é Camila Lima de Avila. Tenho 26 anos e moro na cidade de Pelotas, RS. Trabalho como secretária num escritório de advocacia. A vida me reservou o grande presente de me tornar mãe, e com os desafios da nova rotina, acabei me afastando da universidade, eu estava cursando o 5° semestre de Serviço Social na Universidade Católica de Pelotas,UCPel. Pretendo retornar!

Meu objetivo ao escrever é compartilhar conhecimento sobre nós mesmos, sobre o que é ser preto em uma sociedade onde o racismo e o machismo foram os pilares sob os quais ela se construiu. Minhas vivências na Universidade me deram a oportunidade de conhecer mais sobre mim como mulher negra, pois tive uma professora de sociologia que foi espelho na minha vida : Carla Avila, que também é negra! Com ela, eu e as amigas pretas que conheci fizemos parte do "Projeto de extensão em Relações étnico-raciais da UCPel".

A importância de ter uma professora preta e envolvida com a questão racial foi fundamental em minha trajetória, através dela tive contato com outras mulheres negras, tanto nos livros, quanto pessoalmente. E isso me fez perceber o quanto a representatividade é capaz de mover muros e mundos, o quanto é importante ver negros e negras ocupando espaços majoritariamente brancos. O conhecimento é a arma fundamental contra o racismo. Por isso meu foco é a representação do negro na sociedade.

Já vivenciei situações onde o racismo me fez sentir como se não fosse um ser humano. A cidade de Pelotas carrega uma história triste para o povo preto que foi escravizado, já que era conhecida como "purgatório dos negros", nos dias atuais podemos sentir o reflexo deste passado. Agora, como mãe e preta, me preocupo com o mundo que meu filho crescerá e se tornará um homem negro, por isso minha luta contra o racismo se torna mais forte. Minha colaboração com a página será baseada no que me fortaleceu e ajudou a construir a mulher que me tornei hoje. Isso só foi possivel através da representatividade negra sem esteriótipos!

Com as últimas polêmicas geradas pelo trainee do Magazine Luiza, vimos a crescente enxurrada de comentários acerca do que se chama de "Racismo reverso". Nas redes sociais, pessoas brancas apontam a empresa como racista pois um dos requisitos pra participar é ser negro. O trainee foi criado com a intenção de corrigir uma falha da própria empresa,...

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