sobre mulherismo africana

16/09/2020

Clenora Hudson-Weems procurou criar uma ideologia específica para mulheres africanas e afro-descendentes, acreditando que a sua criação separa as realizações das mulheres africanas dos intelectuais africanos, do feminismo e do feminismo negro. Na tentativa de evitar ser agrupada com outros grupos de pessoas, Hudson-Weems decidiu que era hora das mulheres africanas terem sua própria ideologia estabelecida por elas mesmas, assim, a terminologia Mulherismo Africana se encaixa de forma mais adequada a mulher africana, sendo tanto auto-nomeadora quanto auto-definidora. Concentrada no empoderamento racial centrada na família e na insistência na hierarquização de que raça vem antes de gênero e classe. O racismo é visto como prioridade sobre o sexismo e o sexismo é visto como derivado do racismo, do classismo e dos preconceitos. Tais realidades incluem as diversas lutas, experiências e necessidades das mulheres africanas.

De acordo com Hudson-Weems, "há um consenso geral na comunidade africana de que o movimento feminista, a grosso modo, é o movimento da mulher branca por dois motivos. Primeiro, a mulher africana não vê o homem como seu principal inimigo igual a feminista branca, que trava uma batalha milenar com sua contraparte masculina por subjugá-la como sua propriedade. Os homens africanos nunca tiveram o poder institucionalizado para oprimir as mulheres africanas que os homens brancos têm."

Patricia Hill Collins citou sobre o assunto: "Apesar de algumas mulheres africanas apoiarem justamente as mesmas ideias do feminismo, muitas rejeitam o termo "feminismo" porque acreditam estar associado com a causa das mulheres brancas. Elas veem o feminismo como operando exclusivamente dentro dos termos branca e norte-americana e acreditam que o seu oposto seja negra e norte-americana."

A relação do homem preto com o movimento é que ele não é visto como inimigo, o Mulherismo Africana escorrega na tentação de demandar um homem preto que atenda a sua agenda de povo matriarcal e o aliena da sua autonomia em construir sua própria masculinidade.

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