Ensinando a Transgredir

04/04/2020

"Essa transição das queridas escolas exclusivamente negras para as escolas brancas aonde os alunos negros eram vistos como penetras, com gente que não deveria estar ali, me ensinou a diferença entre a educação como prática de liberdade e a educação que só trabalha para reforçar dominação." Esse é um trecho retirado da introdução do livro que está aí na foto: Ensinando a Transgredir - Educação como prática de liberdade, de bell hooks.
A coluna literária volta dessa longa pausa falando de educação, pqu por aqui nós acreditamos q só por meio dela se é capaz de alcançar a emancipação. Pois bem, é exatamente sobre isso q este livro de bell hooks trata: a sala de aula é um local que prepara as pessoas para pensamentos autônomos? Inclui a todos(as)? Para construção e autonomia de pensamento desses indivíduos é preciso q 1º eles se sintam conectados à aprendizagem, q vejam sentido naquilo. Se a todo momento tratamos de uma história q trabalha apenas com personalidades masculinas, brancas, cis e heterossexuais, como todos(as) os(as) alunos(as) que diferem dessa "humanidade padrão" poderão se perceber como capazes de transformar suas próprias realidades?
Segundo a autora, é possível perceber o nível de envolvimento da turma com o q está sendo trabalhado a partir do entusiasmo e pela forma como as falas são colocadas. Em um espaço democrático e conhecimento em q todos(as) -ou a maioria- tem certeza de serem inclusos, ñ há disputas pela fala, pq entende-se q o poder de fala é uma forma de demonstração de autoconfiança e poder e todos(as) sabem q tem sua hora de falar.
Neste livro, hooks escreve sobre como encontrar a teoria pedagógica de Paulo Freire a fez reencontrar seus horizontes como professora, q seu 1º encontro com ele fez com q ela tivesse mais certeza de q admirava o teórico certo e q sua teoria não eram meras linhas no papel, mas uma busca real por uma educação inclusiva. Neste encontro ela o perguntou sobre pq ele não aborda gênero em seus estudos e ele reconheceu o erro e disse que teria mais sensibilidade com essa questão.
Existem uma serie de debates fundamentais nesse livro q são incapazes de serem abordados em 2200 caracteres. O que você acha dele?

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