Relações Raciais e Desigualdade no Brasil

31/08/2020

"No plano da informalidade, o sentimento, a emoção, a "preferência" pela inegável participação cultural do negro na sociedade brasileira é expressa com frases do tipo: "eu tenho um parente que só melhorou quando foi para umbanda", "minha babá é negra e está conosco desde que minha mãe era pequena". Trata-se de atitudes compulsórias para apagar o sentimento de rejeição. Esse comportamento ambíguo inibe o debate sobre direitos sociais da população negra, entre eles o de não ser discriminada. É isso que se convencionou chamar de racismo cordial" - p.25

É com esse trecho de "Relações Raciais e Desigualdade no Brasil", de Genilda Santos, que eu começo a coluna literária de hoje!

O livro lançado em 2009 traz várias análises de estatísticas de acessos da população negra à educação e à saúde, bem como analisa pesquisas a respeito da existência de racismo no Brasil. É uma coleção de textos curtos, bem escritos e muito didáticos a respeito do racismo no Brasil do século XX. A autora analisa leis da Primeira República, da Era Vargas, da República Nova e da constituição de 1988. Fala ainda dos movimentos de resistência negra que surgem durante da Ditadura Militar Brasileira e sobre teorias e teóricos que tentam mascarar e esconder o racismo brasileiro.

Contando com menos de 100 páginas, este é um livro bastante didático para quem tem interesse em iniciar os estudos acerca das relações raciais no Brasil, ou para quem está perdido no debate racial e quer entender o básico.

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